Qualquer um que não use, ou pelo menos nunca ouviu falar de assistentes de voz pertencem a um grupo bastante restrito. Para muitos, é mais fácil perguntar ao Google, Alexa ou Siri do que digitar uma busca.
Entretanto, como em qualquer tecnologia futurística que envolva os ajudantes de voz, é preciso cuidado. Já falamos sobre como esses dispositivos xeretas saídos do romance de George Orwell podem ameaçar sua privacidade. Hoje, discutimos algo similar: anúncios em assistentes de voz. O que são, e o que pode dar errado?
Um vídeo do dispositivo durante a exibição da propaganda se espalhou rapidamente online. Surpreendentemente, um porta-voz do Google negou que o áudio constitui propaganda, por meio de um anúncio bastante estranho “Não se trata de um anúncio, o legal do assistente é que convida nossos parceiros a compartilhar seus contos”. Diante a confusão das pessoas quanto ao pronunciamento, o Google rapidamente apagou a mensagem dos dispositivos.
O rumor é que o Google não recebeu da Disney para tal mensagem, de modo que aparentemente se tratou de um teste. De qualquer forma, caso os anúncios pelos assistentes se popularizem, esse caso serve de exemplo para como pode funcionar.
No começo desse ano, foi noticiado que a Amazon estava em negociações com grandes empresas, entre as quais gigantes do comércio como Procter & Gamble e Clorox, sobre a implementação de anúncios de voz em resposta a perguntas relevantes de usuários.
Em teoria, da perspectiva dos vendedores, esses anúncios são ainda mais interessantes que o usual marketing contextual. Para começo de conversa, não parecerá propaganda, e sim um conselho amigável ao usuário. Além disso, o dono do dispositivo não passará por ele no Facebook, mas sim ouvi-lo no tom melódico da voz do assistente eletrônico.
Se considerarmos que a Amazon Echo está voando das prateleiras para as salas de estar das pessoas, assistentes de voz representam o próximo passo para a publicidade. Por sua vez, a Amazon alegou não ter intenção de adicionar anúncios a Alexa. Pelo menos até o momento…
Google e Amazon estão longe de ser novos nesse meio, ambos são hábeis em armazenar todo tipo de informação e em desenvolver tecnologias de coleta de dados. Ao mesmo tempo, usuários suspeitam há tempos do uso de tecnologias suspeitas por parte das grandes empresas o que inclui processamento de voz e anúncios baseados nos dados gerados por eles.
Muitos reclamam que depois de mencionar algo em voz alta e entrar na internet, deram de cara com propaganda contextual para aquilo que acabaram de falar. Facebook e Google, empresas acusadas com mais frequência, negam. Mesmo assim a tecnologia está implementada, e a espionagem continua não consumindo muito da bateria do celular. Em dispositivos com energia contínua, o gasto é ainda menor.
Os dados que o Google e a Amazon coletam sobre você, pautado em seu comportamento online, são mais do que suficientes para mostrar anúncios relevantes. Combine isso com uma entrega refinada de uma assistente de voz que seu cookie (daquele que se come) preferido está na esquina, uma nova loja acabou de abrir que vende seu vinho perfeito para o filé que você planeja fazer de noite, é aí que essa propaganda se torna não só relevante como também altamente persuasiva. Além disso, assistentes de voz, já são capazes de fazer pedidos online. Adicione a habilidade de ouvir e analisar o que foi captado, e a tecnologia se torna bizarra.
Dessa forma, a melhor forma de defesa no momento é ter cuidado com que dados você entrega às tecnologias de processamento e permissões oferecidas.
As soluções da Kaspersky Lab oferecem proteção contra Web-tracking, que limita a quantidade de informações que os gigantes da tecnologia podem tirar de você. Para habilitar essa função, vá as configurações do Kaspersky Internet Security e ative o componente de Navegação Privada. Para os assistentes de voz, você pode:
Entretanto, como em qualquer tecnologia futurística que envolva os ajudantes de voz, é preciso cuidado. Já falamos sobre como esses dispositivos xeretas saídos do romance de George Orwell podem ameaçar sua privacidade. Hoje, discutimos algo similar: anúncios em assistentes de voz. O que são, e o que pode dar errado?
O futuro da Big Advertising
Há um ano, o assistente de voz do Google Home esteve envolvido em uma história interessante. Um dono de um dispositivo usou a função My Day, porém, após ouvir sobre o tempo e trânsito, além das notícias e tarefas, foi informado de que A Bela e a Fera havia entrado em cartaz no cinema local. Uma músico do filme tocou, seguida por um convite para saber mais sobre o filme.New Beauty & the Beast promo is one way Google could monetize Home. cc: @gsterling @dannysullivan pic.twitter.com/9UlukSocrO— brysonmeunier (@brysonmeunier) 16 de março de 2017
Um vídeo do dispositivo durante a exibição da propaganda se espalhou rapidamente online. Surpreendentemente, um porta-voz do Google negou que o áudio constitui propaganda, por meio de um anúncio bastante estranho “Não se trata de um anúncio, o legal do assistente é que convida nossos parceiros a compartilhar seus contos”. Diante a confusão das pessoas quanto ao pronunciamento, o Google rapidamente apagou a mensagem dos dispositivos.
O rumor é que o Google não recebeu da Disney para tal mensagem, de modo que aparentemente se tratou de um teste. De qualquer forma, caso os anúncios pelos assistentes se popularizem, esse caso serve de exemplo para como pode funcionar.
No começo desse ano, foi noticiado que a Amazon estava em negociações com grandes empresas, entre as quais gigantes do comércio como Procter & Gamble e Clorox, sobre a implementação de anúncios de voz em resposta a perguntas relevantes de usuários.
Em teoria, da perspectiva dos vendedores, esses anúncios são ainda mais interessantes que o usual marketing contextual. Para começo de conversa, não parecerá propaganda, e sim um conselho amigável ao usuário. Além disso, o dono do dispositivo não passará por ele no Facebook, mas sim ouvi-lo no tom melódico da voz do assistente eletrônico.
Se considerarmos que a Amazon Echo está voando das prateleiras para as salas de estar das pessoas, assistentes de voz representam o próximo passo para a publicidade. Por sua vez, a Amazon alegou não ter intenção de adicionar anúncios a Alexa. Pelo menos até o momento…
E quanto aos dados pessoais?
Do que sabemos das negociações da Amazon relacionadas a esses anúncios, parece que a tecnologia por trás da propaganda por voz será similar aos anúncios contextuais de pesquisas online. Essa tecnologia se baseia em big data e em sua venda às equipes de marketing.Google e Amazon estão longe de ser novos nesse meio, ambos são hábeis em armazenar todo tipo de informação e em desenvolver tecnologias de coleta de dados. Ao mesmo tempo, usuários suspeitam há tempos do uso de tecnologias suspeitas por parte das grandes empresas o que inclui processamento de voz e anúncios baseados nos dados gerados por eles.
Muitos reclamam que depois de mencionar algo em voz alta e entrar na internet, deram de cara com propaganda contextual para aquilo que acabaram de falar. Facebook e Google, empresas acusadas com mais frequência, negam. Mesmo assim a tecnologia está implementada, e a espionagem continua não consumindo muito da bateria do celular. Em dispositivos com energia contínua, o gasto é ainda menor.
Os dados que o Google e a Amazon coletam sobre você, pautado em seu comportamento online, são mais do que suficientes para mostrar anúncios relevantes. Combine isso com uma entrega refinada de uma assistente de voz que seu cookie (daquele que se come) preferido está na esquina, uma nova loja acabou de abrir que vende seu vinho perfeito para o filé que você planeja fazer de noite, é aí que essa propaganda se torna não só relevante como também altamente persuasiva. Além disso, assistentes de voz, já são capazes de fazer pedidos online. Adicione a habilidade de ouvir e analisar o que foi captado, e a tecnologia se torna bizarra.
A propaganda irá nos aprisionar de vez?
Na nossa nova realidade, muito do que consumimos, pagamos com dados pessoais. Anúncios de voz – personalizados, confiáveis, relevantes e até mesmo úteis – poderiam ser uma mina de ouro para gigantes da tecnologia. Não está claro com que frequência ouviremos esses anúncios e até que extensão ditaram nossas escolhas de consumo.Dessa forma, a melhor forma de defesa no momento é ter cuidado com que dados você entrega às tecnologias de processamento e permissões oferecidas.
As soluções da Kaspersky Lab oferecem proteção contra Web-tracking, que limita a quantidade de informações que os gigantes da tecnologia podem tirar de você. Para habilitar essa função, vá as configurações do Kaspersky Internet Security e ative o componente de Navegação Privada. Para os assistentes de voz, você pode:
- Desligar o microfone (Amazon Echo e Google Home tem botões físicos para tal), de modo a limitar o acesso aos seus dados.
- Bloquear compras ou protegê-las com senha em suas configurações de conta, de modo que você não acabe comprando algo sem querer por comando de voz.
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